Artesanato de Coimbra

Tecelagem de Almalaguês

Foi na freguesia de Almalaguês, no concelho de Coimbra, que nasceu uma arte de tecer cuja origem se perdeu do tempo, mas que nos dias de hoje faz desta pequena localidade um centro de tecelagem manual único do país. Trata-se de uma tecelagem bordada, em que se reproduzem os mais diversos motivos naturais ou geométricos estilizados, usando teares semelhantes aos teares persas.

Faiança de Coimbra

Coimbra é um dos mais antigos e importantes centros de produção oleira do país, existindo uma rede de produção organizada desde o século XVI, apesar de existirem registos que remontam a 1145.

O desenvolvimento da produção de faiança em Coimbra deveu-se essencialmente à prolifera comunidade oleira da cidade, impulsionada pelo facto de este ser um centro por excelência para as rotas de comercialização do papel, usufruindo da via de ligação que o Rio Mondego proporcionava entre o interior e o litoral.

Até aos nossos dias sobrevivem ainda peças da “Sociedade Cerâmica Antiga de Coimbra, Lda.” sendo este o exemplo máximo da continuidade das tradições seculares na olaria Coimbrã.

Esteiras de bunho

As esteiras de bunho e junco são um artesanato típico da freguesia de Arzila, localidade onde se situa a Reserva Natural do Paul de Arzila, de onde é retirada, durante os meses de verão, a matéria-prima necessária à elaboração destas esteiras.

Atualmente esta atividade está reduzida a um ofício subsidiário, uma vez que a melhoria das condições económicas aliada ao trabalho duro que implica o corte do bunho, levou a uma drástica diminuição deste tipo de artesanato. No entanto, a preservação desta atividade assume grande    importância, não só pela sua componente económica e social, mas também pela preservação do precioso ecossistema da Reserva Natural do Paul de Arzila.

Cestaria

A cestaria tem tradição em Coimbra, onde ainda subsistem alguns artesãos que dominam a arte de trabalhar o vime, a palha, o junco e outras fibras de origem vegetal usadas nesta arte.

A cestaria é entendida como um conjunto de objetos e utensílios, obtidos através de objetos trançados com variados tipos de entrelaçados, consoante a fibra utilizada.

Se em tempos os cestos, vasilhas e outras peças eram objetos utilitários do dia a dia, atualmente estes artesãos trabalham por amor a uma arte que não querem deixar morrer e veem as suas peças serem compradas essencialmente para fins decorativos, por quem valoriza uma peça executada manualmente.