Junto à Ponte da Fareja, em Vagos, pode encontrar o Barco Moliceiro, de seu nome, “Os Violas”, doado por um emigrante, senhor Natalino Marques Estanqueiro, filho de João Violas. Manuel dos Santos Marques e João Marques Estanqueiro, eram irmãos e conhecidos por Manuel Violas e João Violas. Durante as décadas de 50 e 60, foram comerciantes de moliço e chegaram a ter 5 barcos moliceiros a apanhar e a fornecer-lhes moliço que vinha da Murtosa e da Torreira e que era transportado nos barcos e entregue nas Folsas Novas em Vagos. Em breve, será possível a realização de passeios turísticos interpretados ao longo do Rio Boco, local onde, outrora, navegaram muitos Moliceiros em direção às Folsas Novas para entrega de moliço.
O Barco Moliceiro é a mais conhecida das embarcações tradicionais da Ria de Aveiro.
Distingue-se pela elegância das suas linhas, pela sua proa recurvada e pela alegre decoração dos seus painéis. Eram usados para recolher o moliço (algas usadas na fertilização dos campos). As suas velas brancas dominavam a paisagem da Ria. A evolução dos tempos veio tornar mais frequente o uso de motores como meio de propulsão.
Neles está patente toda uma riqueza e um sentido estético bem próprios da cultura popular das gentes da Ria de Aveiro que, nestas magníficas pinturas coloridas de carácter naif, transmitem um ideário muito próprio que aborda temáticas tão variadas quanto a história e a religião, bem como a sátira política e imagens brejeiras, muitas vezes reforçadas por legendas de múltipla significação.
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